Corregedor Eleitoral pede aposentadoria e disse temer pelo futuro do país com Alexandre de Moraes como Ministro do STF e presidente do TSE; VEJA VÍDEO
Sebastião Coelho da Silva afirmou a colegas do tribunal que estava insatisfeito com o STF e que não poderia continuar no cargo.
Leonardo Meireles, Metrópoles
Vice-presidente e corregedor do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), o desembargador Sebastião Coelho da Silva fez críticas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, em reunião virtual, na tarde de sexta-feira (19/8). Segundo Coelho, em seu discurso de posse no TSE, Moraes “fez uma declaração de guerra ao país”.
Coelho da Silva pediu a palavra no encontro entre integrantes do TRE-DF e anunciou a aposentadoria, explicando que a decisão vinha porque não estava feliz com o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Há muito tempo, não estou feliz com o Supremo Tribunal Federal. Então, quem não está feliz com o órgão, não pode continuar”, afirmou o desembargador. Ao explicar os motivos, ele disse ter ido à posse de Moraes no TSE.
“Esperava, sinceramente, que o eminente ministro aproveitasse a presença dos principais candidatos, dos ex-presidentes da República e do presidente da República para fazer uma conclamação de paz para a nação. Mas ao contrário, o que eu vi, ao meu sentir, o eminente ministro Alexandre de Moraes fez uma declaração de guerra ao país”, afirmou Coelho da Silva.
Segundo Coelho Silva, o discurso de Moraes “inflama”. “É um discurso que não agrega. E eu não quero participar disso”, continuou. “Eu não vou cumprir discurso de ministro. O magistrado tem que ter sobriedade”, declarou.
Confira o vídeo:
Defesa da urna
Durante sua posse, esta semana, no TSE, na última terça-feira (16/8), o ministro Alexandre de Moraes fez uma defesa enfática do processo eleitoral brasileiro. Diante de uma plateia que incluía o presidente Jair Bolsonaro e os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Michel Temer, José Sarney e Dilma Rousseff, ele afirmou que dará continuidade ao processo de combate das fake news.
“Assim, atuará a Justiça Eleitoral, de modo a proteger a integridade das instituições, o regime democrático e a vontade popular. Pois a Constituição Federal não autoriza que se propaguem mentiras que atentem contra a lisura, a normalidade e a legitimidade das eleições”, defendeu.
Por outro lado, não é a primeira vez que Coelho Silva criticou as falas de juízes fora de votos e decisões oficiais. Ao tomar posse como vice-presidente do TRE-DF, em abril deste ano, ele afirmou que um magistrado “não é político nem celebridade” para aparecer em redes sociais.
“Juiz responde a tudo com as suas decisões. Quando juiz tiver de explicar a sua decisão, alguma coisa não está certa. Juiz não é político nem celebridade para ficar tuitando, dizendo isso ou aquilo. Isso não é próprio para o juiz, especialmente para o juiz eleitoral. O juiz eleitoral deve responder às críticas por meio de nota oficial do tribunal”, afirmou à época.
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