"A rainha morreu pacificamente em Balmoral esta tarde. O rei [Charles III] e a rainha consorte [Camila] permanecerão em Balmoral esta noite e retornarão a Londres amanhã", informou a Casa Real britânica no Twitter.
Com a morte de Elizabeth, seu filho mais velho, o agora rei Charles, assume o trono do Reino Unido e de outros 14 países que têm o monarca britânico como chefe de Estado, como Austrália e Canadá. Segundo os ritos oficiais, ele tinha algumas opções na escolha do nome que iria adotar, mas acabou seguindo o caminho tradicional e manteve o título de rei Charles III.
Em seu primeiro comunicado oficial como rei, Charles III disse que "a morte da minha amada mãe, Sua Majestade a Rainha, é um momento de grande tristeza para mim e para todos os membros da minha família".
Os quatro filhos da rainha, Charles, Anne, Andrew e Edward, foram até a Escócia quando foi anunciado que a rainha estava sob supervisão médica. Um de seus netos, o príncipe William também foi até o castelo de Balmoral. À tarde, veio a notícia do falecimento. O reinado de 70 anos faz de Elizabeth a rainha britânica mais longeva da história.
Problemas de saúde
A saúde da monarca foi motivo de crescente preocupação desde outubro do ano passado, quando foi revelado que ela passou uma noite hospitalizada para ser submetida a "exames" médicos que nunca foram detalhados. Desde então, ela reduziu consideravelmente sua agenda, com aparições em público cada vez mais raras e sendo observada caminhando com dificuldade, com o auxílio de uma bengala.
O evento preocupante mais recente foi a cerimônia de nomeação da nova primeira-ministra britânica, Liz Truss, na terça-feira (6). Na ocasião, Elizabeth II transferiu, pela primeira vez na história, a cerimônia para o Palácio de Balmoral, onde ela estava. Até então, todos os premiês anteriores haviam sido nomeados no Palácio de Buckingham, em Londres.
Uma foto do encontro divulgada pelo Palácio de Buckingham, que mostra a rainha cumprimentando Truss, provocou inquietação porque, segundo analistas, a mão da rainha parecia muito arroxeada. (Veja no vídeo abaixo).
Em maio, Elizabeth II foi substituída por Charles na abertura oficial dos trabalhos no Parlamento do Reino Unido. Também foi a primeira vez que um monarca não presidiu essa sessão.
A participação da rainha foi reduzida nas festividades do Jubileu de Platina, série de eventos que celebrou os 70 anos de seu reinado, no início de junho. Além da agenda enxuta, ela cancelou participação em uma missa durante o evento por se sentir indisposta.
Desde os primeiros problemas de saúde, no entanto, o Palácio de Buckingham falou muito pouco ou emitiu notas contidas sobre o estado de saúde da rainha, sempre se referindo aos problemas como indisposições.
Localização do Castelo de Balmoral, na Escócia — Foto: Arte/g1Arco-íris se forma por cima de cidadãos nas ruas de Londres — Foto: Toby Melville/REUTERS
A foto, de 2016, mostra a rainha Elizabeth II com os príncipes Charles, William e George, próximos na linha de sucessão ao trono britânico. — Foto: Ranald Mackechnie/Buckingham Palace via AP
Rainha Elizabeth II e príncipe Philip posam ao lado dos bisnetos em foto de 2018. Da esquerda para a direita: príncipe George, príncipe Louis (no colo da monarca), princesa Charlotte, Savannah Philips (atrás), Isla Philips, Lena Tindall (colo) e Mia Tindall — Foto: Duquesa de Cambridge/Arquivo Pessoal
Rainha Elizabeth II no último dia das comemorações do Jubileu de Platina — Foto: Reprodução/Globonews
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