O governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo), reeleito para mais quatro anos de mandato no estado, oficializou na manhã de hoje o apoio à candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições presidenciais. O anúncio foi feito em entrevista coletiva conjunta dos dois após uma reunião realizada no Palácio da Alvorada.
Governador Romeu Zema (Novo) ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL)
Em entrevista à CNN Brasil ontem, Zema afirmou que o alinhamento ao atual chefe do Executivo na segunda etapa da corrida ao Palácio do Planalto se dá "para evitar que o desastre do passado se repita".
"Eu, que venho do setor privado, sei mais do que ninguém o desastre que o PT provocou em 2015 e 2016, com mais de 10 milhões de desempregados. Meu grande objetivo é combater o PT", disse o governador mineiro.
"Não que eu concorde totalmente com as pautas do governo federal, mas estarei —muito provavelmente devemos estar acertando isso em mais um ou dois dias —ao lado do presidente Bolsonaro evitando que o desastre do passado se repita.
Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais Durante a entrevista, Zema foi questionado a respeito dos conflitos que Bolsonaro teve com governadores, que se concentraram principalmente durante a pandemia da covid-19. Nesse período, o presidente fez diversas críticas a gestores locais que adotaram medidas mais rígidas para conter a disseminação do novo coronavírus
Na avaliação do governador de Minas Gerais, Bolsonaro "exagera na eloquência", mas não tomou "nenhuma ação [antidemocrática] concreta". Segundo o resultado oficial da TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Zema foi reeleito com 6.094.136 votos (56,18% do total).
A recondução dele ao cargo no primeiro turno destas eleições marca uma nova derrota para petistas e tucanos. Seu principal adversário, Alexandre Kalil (PSD) — aliado em Minas do também candidato à Presidência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — não conseguiu repetir o sucesso de sua campanha nas eleições de 2020, quando foi reeleito prefeito de Belo Horizonte já no primeiro turno. Dessa vez, Kalil não teve desempenho suficiente para levar a disputa pelo governo mineiro para o segundo turno.
Por UOL
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